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Seychelles: dicas de viagem entre La Digue e Praslin

Maio 20, 2021
Seychelles

Diz-se que quem avistou pela primeira vez o arquipélago perdido no meio do Oceano Índico foi Vasco da Gama, quando voltava da Índia em direcção a África. Um século depois, os ingleses passaram por lá, mas foram os franceses a dar o nome de Seychelles ao arquipélago, em homenagem ao Ministro das Finanças de Luís XV, Jean Moreau de Séchelles.

Nos dias de hoje, a pesca e o turismo são os principais motores económicos do país e a beleza deste destino faz dele uma das grandes escolhas de viagem de lua-de-mel, sendo perfeito para ser combinado com um safari em África, o que não fizemos por falta de tempo, mas fica a sugestão.

Com cerca de 115 ilhas, distribuídas por 388.500 km², as três principais e as mais povoadas ilhas do arquipélago são Mahé, Praslin e La Digue. Considerada uma das menores capitais do mundo, Victoria é o coração económico, político e cultural das Seychelles e, apesar de não ser muito extensa, é casa de cerca de um terço da população total.

Quando ir?

O clima é quente o ano inteiro, mas, de forma geral, diz-se que os melhores meses para descobrir as Seychelles são os que marcam as mudanças de estação: abril, maio, outubro e novembro, embora durante esses dois últimos já chova de forma abundante. Junho, julho, agosto e setembro também são bons meses para visitar as ilhas, já que chove pouco. Dezembro e janeiro, além de serem os meses mais chuvosos, também marcam o período em que as ilhas estão mais saturadas e os preços são mais elevados.

Sobre a viagem até lá, fizemos Lisboa – Dubai – Seychelles, pela Emirates. Em Seychelles aterrámos na ilha principal, Mahré, e de lá apanhámos um outro voo até Praslin. Em Praslin fomos de barco até a ‘Ilha da Felicidade’.

La Digue

Com uma superfície de cerca de 10 km², La Digue é a quarta maior ilha das Seychelles, atrás de Mahé, Praslin e Silhouette.

Esta é a ilha ideal para aqueles que procuram tranquilidade com sabor local. A praia que mais se destaca é, possivelmente a Anse Source d’Argent, uma das mais bonitas do mundo, com os seus peculiares blocos de granito que mais parecem esculturas naturais, mas há mais para explorar, como Grand Anse, Petite Anse e Anse Cocos.

Falando então da nossa viagem, Félicité Island é uma das ilhas que compõem La Digue e é considerada uma das mais belas das Seychelles: o contraste do azul do mar com o verde exuberante da vegetação é qualquer coisa de assinalável. É na ‘Ilha da Felicidade’ que está o indescritível Six Senses Zil Pasyion, onde ficámos alojados durante cinco noites. O Six Senses ocupa cerca de um terço da ilha e o restante é exclusivo do hotel, sendo que cada cantinho foi pensado ao pormenor.

Tudo ali é perfeito e perfeitamente encaixado no cenário, que é de sonho! Nota-se, por exemplo, a mestria dos arquitectos que preservaram as enormes rochas e construíram a estrutura do hotel em diferentes níveis, tornando tudo idílico. Este foi, muito provavelmente, o melhor e mais bonito hotel em que ficámos hospedados, até ao momento!

Todos os quartos incluem uma piscina e o hotel dispõe de duas belas praias, uma maior e outra mais pequena.

O pôr-do-sol é de deixar qualquer um sem palavras, tal é a beleza!

Do quarto vamos destacar a casa-de-banho que inclui um baloiço com vista para o mar e um patinho de borracha, que achámos muito amoroso!

Quanto à parte gastronómica, o hotel tem uma cozinha variada com inspirações africana, francesa, indiana, chinesa e por aí fora, sendo que os hóspedes podem agendar um Sunset Dinner Experience, que é um jantar ao ar livre no alto de um desses bolders.

Na Félicité Island também fizemos snorkel, onde podemos ver recifes de coral e muitas tartarugas.

Praslin

Para chegarem a esta ilha apanham novamente um barco e é aqui que vão encontrar as melhores praias para nadar. 

Na ilha de Praslin há várias opções de alojamento. Nós escolhemos o Constance Lemuria Resort, um 5 estrelas onde impera a elegância. Tem três restaurantes, três praias e é igualmente um sonho, apesar de a estrutura ser mais antiga, num estilo mais clássico.

Em Praslin houve um dia em que fomos mesmo à ilha La Digue, de barco, em excursão (cerca de 70€, sendo que também podem ir de ferry e sai mais barato). Foi neste dia que conhecemos a incrível Anse Source d’Argent, que fica num parque reservado, em que temos de comprar um bilhete para entrar (já incluído no valor da excursão).

Outra experiência gira que recomendámos é alugar um caiaque em Anse Source d’Argent que, por serem transparentes, deixam ver o fundo do mar, sendo a água cristalina!

Seychelles

Respondendo a algumas questões que colocaram no Instagram:

– As deslocações entre ilhas têm que ser feitas de helicóptero ou de barco. No interior de La Digue, por exemplo, o ideal é alugar bicicletas para percorrer a ilha. A nossa excursão já incluía o aluguer das bicicletas.

– Maldivas ou Seychelles? São diferentes. Maldivas para quem quer realmente descansar e Seychelles para quem gosta de atividade, até porque é mais fácil aceder a outras ilhas. Seychelles é uma mistura entre a natureza de Bali e as praias paradisíacas das Maldivas.

– Para verem tartarugas gigantes, o ideal é em La Digue e na ilha Curieuse. Em La Digue, ao final do dia, é normal verem as estradas e as praias com tartarugas enormes a passearem. 

Medidas Covid-19:

– Antes de entrarmos no arquipélago tivemos que fazer um teste à Covid-19 e depois acede-se a uma aplicação onde registamos o resultado. Funciona como um ‘visto de saúde’ e paga-se 40€. Nós não fizemos a tempo, só fizemos quando chegámos ao aeroporto e então saiu mais caro, a 135€ por pessoa, para obter esse ‘visto de saúde’.

– Para vir embora tivemos de voltar a fazer teste e, basicamente, perdemos uma manhã. É muita gente para fazer teste e ainda são um pouco lentos. O teste custa cerca de 140€, por pessoa.  

– Não precisam de fazer quarentena e a população está vacinada. Apesar disso, andam sempre de máscara e cumprem as normas de higiene e segurança.

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Dicas de destinos para lua-de-mel: Américas
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Viagens

Dicas de destinos para lua-de-mel: Américas

Fevereiro 17, 2021

Depois de termos sugerido destinos para lua-de-mel na Ásia (aqui), hoje voltamos com sugestões para quem sonha com as Américas, com base na nossa experiência e dando destaque ao Caribe.

Quem aqui não sonha com praias de areia branca, água turquesa, hotéis lindos, onde apetece ficar a viver para sempre? Vamos lá então!

JAMAICA

Com as suas exuberantes montanhas, florestas tropicais e praias com recifes, a Jamaica oferece-nos praias de temperatura e cor inigualáveis. O Rastafari way of life” é uma verdadeira filosofia de vida e a vibe sente-se em todos os lugares. São precisas entre 8 a 9 horas de avião para lá chegar, a partir de Portugal, e a diferença horária é de 6 horas.

Neste país, o termómetro raramente marca abaixo dos 20°C no litoral, graças ao seu clima quente e tropical. Apesar disso, a ilha está no mapa dos furacões, o que faz com que a melhor época para ir lá seja entre Dezembro e Abril, quando chove menos, já que a temporada de furacões vai de Junho a Novembro.

Nós ficámos em Negril, onde dizem que o pôr-do-sol é mais bonito. A cidade em si é pequenina (não chega aos 10 mil habitantes) e está na ponta oeste da ilha, a 80km de Montego Bay (aeroporto mais próximo) e a 220km da capital, Kingston.

Onde ficar na Jamaica?

O hotel que fazia parte do nosso pacote de viagem era o Riu Club Negril, um hotel 5* na praia de Bloody Bay. O ambiente é relaxado, os funcionários são prestáveis, sempre de sorriso na cara, e a comida é abundante e variada. 

Se quiserem ficar “encaixados” nos cliffs de Negril sugerimos o hotel design RockHouse Hotel, que foi dos primeiros da região de West End. A localização é maravilhosa e podem saltar dos cliffs e das pontes.

Outra zona muito bonita é Port Antonio, onde fica a famosa Lagoa Azul (a original, onde foi gravado o filme com o mesmo nome e que todos nós vimos) e a Frenchman’s Cove (uma praia pequenina com um rio que desagua no mar, formando uma paisagem de cortar a respiração). Em Port Antonio também é possível fazer um passeio de jangada de bambu no Rio Grande, conduzida por um capitão rastafári. 

Experiências

Escolhemos a Jamaica para descansar e aproveitar a praia, mas mesmo assim fizemos a descida do rio de jangada na Mayfield Falls. Para chegarmos a Mayfield Falls, que fica a cerca de 1h30 de Negril, passámos por aldeias de floresta tropical e chegando lá descobrimos um verdadeiro paraíso, em tons de azul e verde. Há muitas cachoeiras, mais de 20 piscinas naturais, muita floresta tropical, um delírio para os olhos, em especial para os de quem aprecia a Natureza e gosta de a sentir. 

MÉXICO

No México ficámo-nos por uma parte da Península de Yucatán, a idílica Tulum, na famosa região da Riviera Maya. É uma região excelente porque aqui conseguem conciliar praias lindas do caribe mexicano, rodeadas de história e cultura, numa atmosfera de puro relax, easy-going. Não é, afinal, o que se quer para uma lua-de-mel? 😉

Alugámos carro e eis o que explorámos:
* Dia 2: Chichén Itzá, as lagoas coloridas de Las Coloradas e, no regresso, parámos em Valladolid.
* Dia 3: fomos à descoberta do Gran Cenote e do Cenote Calavera.
* Dia 4: um dia dedicado aos sabores mexicanos!
* Dia 5: Bacalar, o paraíso conhecido pela lagoa que se cruza com o mar, dona de 7 tons de azul! 

Onde ficar alojado em Tulum?

Sobre o alojamento, podem ler (ou reler) este artigo, em que falámos do incrível Una Vida Tulum. Foi onde passámos grande parte do nosso tempo e achamos que se adequa muito bem a uma lua-de-mel.

Se puderem, fiquem no Azulik Eco Resort, nem que seja apenas uma noite. Este era o nosso ‘sonho de consumo’, um lugar único, diferente e naturalmente lindo!

Os quartos assemelham-se a casas na árvore, encaixados nos rochedos, todos em madeira, com muita luz natural, cada qual com o seu terraço e vistas magníficas para o mar azul turquesa. É uma verdadeira experiência “detox” do frenesim diário, aqui não há energia eléctrica, internet (apenas no lobby), televisão ou telefones.

A localização do hotel também é excelente, perto de alguns restaurantes, dá pra fazer quase tudo a pé e, além disso, fica ao lado de um dos beach clubs mais animados de Tulum, o Papaya Playa.

BRASIL

Se há um lugar que queremos muito voltar, esse lugar é o Rio de Janeiro. Estivemos na cidade em 2016 e adorámos cada canto… tanto que a sugerimos para lua-de-mel!

O que explorámos no Rio?

* Cristo Rendetor e Tijuca, com Lully Sampaio, que é tour guide
* Jardim Botânico e Escadaria Selarón
* Santa Teresa e Parque das Ruínas
* Centro histórico e Lapa
* Trilha Dois Irmãos e Vidigal
* Joatinga e Pão de Açúcar
* Copacabana e Parque Lage

Angra dos Reis

Angra dos Reis é um lugar mágico, daqueles onde a rotina se perde e fica apenas a tranquilidade do sítio.  Para quem procura paz e natureza, é o lugar perfeito! Fica a cerca de 150 quilómetros da capital carioca (cerca de 3 horas de viagem) e a partir de lá é possível fazer um passeio de um dia. 

Arraial do Cabo

A cidade de Arraial do Cabo fica na badalada Região dos Lagos, a 3 horas do Rio, e – para além das praias paradisíacas – é também muito procurada pelas lagos, dunas e miradouros. 

Os passeios de barco são bastante populares em Arraial do Cabo. Saem da marina diariamente e com bastante frequência, por isso, é óptimo para quem quiser aproveitar, já que num dia conseguimos passar pelos principais pontos de interesse. 

Outro destino brasileiro que, na altura não fomos, mas que está na nossa lista é Fernando de Noronha. Sabemos que as passagens e os hotéis não são nada baratos, mas acreditamos que deve valer muito a pena, especialmente em registo de lua-de-mel.

Parece-vos bem?
Estas são apenas algumas sugestões de destinos para lua-de-mel, com base nos países que conhecemos naquele lado do mundo. Têm outras dicas que queiram partilhar? 🙂 Sintam-se à vontade!

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Dicas de destinos para lua-de-mel: Ásia

Fevereiro 5, 2021
destinos para lua-de-mel

A pandemia pôs de parte muitos planos relativos a casamentos e, com isso, também as luas-de-mel foram e estão a ser afectadas. Apesar disso, não deixaram de nos perguntar: para onde ir na honeymoon? Pois bem, com base na nossa experiência vamos sugerir alguns destinos para lua-de-mel, começando pela Ásia.

São apenas algumas ideias, podem até fazer possíveis combinações, sendo que também iremos incluir essa sugestão. Quanto ao clima, achamos que cada vez menos devemos basear as nossas decisões nesse critério. Não é garantido que o clima vai estar bom na considerada “melhor época”, é uma questão de sorte.

Antes de avançarmos com as propostas de destinos para lua-de-mel, queremos apenas firmar que há um sem fim de outros países interessantes na Ásia e o difícil é escolher. Porém, fizemos aqui uma seleção usando como critérios lugares memoráveis onde já estivemos e viagens que não fazemos sempre, por serem distantes, mais caras, longas ou exóticas!

Quando estiverem na fase de decidir os destinos para lua-de-mel, nunca se esqueçam do mais importante: considerar o gosto de ambos e, no final, aproveitar cada minuto, cada amanhecer, cada pôr-do-sol!

MALDIVAS

A queridinha dos casais no que a destinos para lua-de-mel diz respeito!

Algumas curiosidades:

* A capital e também maior cidade do país é Malé. Se tiverem oportunidade, aproveitem para a conhecer e para descobrir um pouco do modo de vida dos maldivianos.
* A República das Maldivas é um país muçulmano, o que quer dizer que só se pode consumir/comprar bebidas alcóolicas dentro dos resorts.
* Apesar de a moeda ser a Rúpia Maldívia (MVR), por norma todos os preços estão em Dólar Americano (USD) e tudo o que consomem no hotel pode ser posto na vossa conta para ser pago no final da estadia com cartão de crédito.

Onde ficar nas Maldivas? 

Da primeira vez ficámos no Olhuveli Beach & Spa Resort, que nos brindou com uma vegetação tropical exuberante com vista para uma longa lagoa cristalina. Essa viagem foi feita no mês de Abril (2014) e incluiu cinco dias nas Maldivas, depois de termos visitado a Índia durante sete dias intensos.

Da segunda vez fomos em Maio (2019) e o hotel escolhido foi o Anantara Veli Maldives Resort, que se revelou uma excelente opção, já que, no fundo, é como se fosse um hotel 2 em 1: os hóspedes podem usufruir da estrutura do vizinho Anantara Dhigu. Para além das ilhas principais em que ficam estes dois hotéis, conseguem ir até outras duas ilhotas de stand up ou caiaque. Esta segunda viagem ao paraíso foi conciliada com o Japão, um destino que há muito estava na bucket list.

Sabemos que quem viaja para tão longe, certamente quer aproveitar a ida ou a volta para conhecer um outro destino. Além das propostas acima, sugerimos que considerem combinar com Dubai e Abu Dhabi, já que há voos directos de Portugal para os Emirados Árabes Unidos e de lá para para Malé (capital das Maldivas).

BALI – INDONÉSIA

A Indonésia é um país enorme, com mais de 17.500 ilhas, e Bali é das mais conhecidas e visitadas por turistas estrangeiros. Também ela é uma ilha grande e há muito para descobrir. De entre os nossos favoritos a conhecer está Ubud (centro artístico e cultural da ilha com uma atmosfera muito relaxada), Munduk (a parte mais montanhosa da ilha) e claro que uma honeymoon exige uma boa praia (Nusa Dua, SeminyakUluwatu…)

Actualmente a religião predominante deste arquipélago é o islamismo. No entanto, em Bali grande parte da população é hinduista, por influência directa da Índia.

Além da gastronomia e da enorme oferta de cafés (cada um mais bonito que outro), Bali é um famoso destino mundial de surf e mergulho.

Onde ficar em Bali?

Da primeira vez, em Maio de 2015, ficámos no hotel Komaneka at Bisma (Ubud) e no Meliá Bali (Nusa Dua).

A segunda vez foi precisamente na lua de mel, em Outubro (2017), e escolhemos o maravilhoso Fivelements Bali combinado com o Novotel Bali Benoa.

A nossa dica é combinarem Bali com as Gili Islands, que ficam ali bem perto, têm água azul turquesa e são excelentes para explorar.

JAPÃO

Entre os nossos favoritos na categoria ‘destinos para lua-de-mel’ está o Japão, o país que sempre esteve no nosso imaginário. Foi em 2019 que (finalmente!) fomos à descoberta deste lugar único. Os contrastes entre a tradição e a modernidade seduzem os ocidentais e claro está que há lugares que atraem mais turistas que outros, como Tóquio, Quioto, Hiroshima, Osaka, Nara, Matsumoto, Kanazawa.

É praticamente possível viajar no país ao longo de todo o ano, se bem que é sempre mais aconselhável visitar o país na Primavera (Março a Maio) ou no Outono (Setembro a Novembro), sendo que cada estação destaca-se por diferentes motivos. Na Primavera acontece a famosa sakura, período em que as cerejeiras começam a florir, e no Outono as temperaturas ficam amenas e as cores tornam-se irresistíveis. Há feriados e eventos que convém também terem em conta: especialmente a semana dourada (que decorre no final de Abril e princípio de Maio: há mais confusão, os japoneses tiram férias, mas tudo se faz), o Festival O-Bon (que acontece em meados de Agosto) e e na altura do ano novo (Shōgatsu), porque está praticamente tudo fechado.

O nosso roteiro começou por Tóquio, de lá demos um salto a Fuji-Yoshida para ver o Monte Fuji, seguimos para Quioto, fizemos um bate-volta a Nara e também a Osaka. Dali seguimos para as Maldivas que, aliás, é um excelente destino para combinarem com o Japão.

Outra opção que ‘casa’ na perfeição com o Japão são as Filipinas, mas nunca fomos.

DUBAI + ABU DHABI

Apesar de não estar entre os destinos para lua-de-mel de eleição, convenhamos que os Emirados Árabes Unidos foram uma agradável surpresa. Se foram para a Ásia, podem e devem considerar uma paragem no Dubai e em Abu Dhabi e aproveitar o destino que tem tanto para oferecer. É um sítio rico em contrastes espalhados por toda a parte, entre o novo e o antigo, o deserto de areia e os edifícios de vidro e metal.

Dizem que Junho, Julho e Agosto são os meses mais “insuportáveis”, por isso, são de evitar. Nós fomos em Maio e de facto já se notavam as altas temperaturas. Devem também evitar no período do Ramadão, quando vários estabelecimentos ficam fechados.

Experiência a não perder:

Uma experiência altamente recomendada é conhecer o deserto dos Emirados Árabes. Uma outra experiência que a complementa em pleno é uma estadia no incrível Qasr Al Sarab Desert Resort. É a mistura perfeita entre a Natureza e o luxo característicos dos Emirados.

Depois de duas horas de carro pelos desertos de Abu Dhabi, é uma surpresa enorme descobrir este hotel camuflado entre as antigas dunas do deserto de Liwa. A viagem custou cerca de 550 Dirhams (ida e volta), fomos de táxi por recomendação de uma amiga. Fica a 200 km de Abu Dhabi e esta região faz parte do Empty Quarter, a maior extensão de areia virgem do mundo.

Se tiverem interesse, podem ler mais sobre esta experiência aqui.

Onde ficar no Dubai?

É tudo caro, mas acabámos por encontrar um hotel com boa relação qualidade-preço, até porque só íamos passar uma noite na cidade. Ficámos no Grand Excelsior Hotel Dubai. Para quem vai em lua-de-mel pode estar à procura de outro tipo de alojamento, mais próximo da praia e mais luxuoso, como o One&Only Royal Mirage ou o One&Only The Palm.

Se pretenderem ficar ficar na ‘Baixa’, perto dos arranha-céus, sugerimos o Armani Hotel Dubai (dentro do Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo) ou o Shangri-La Hotel Dubai.

Onde ficar em Abu Dhabi?

Em Abu Dhabi ficámos no The St. Regis Saadiyat Island Resort, um resort de 5 estrelas, com acesso directo à sua praia privada na Ilha de Saadiyat. Disponibiliza cinco piscinas, um spa com 12 salas de tratamentos, sete restaurantes e bares, campo de golfe e um sem fim de actividades.

TAILÂNDIA

Fomos à Tailândia já há muitos anos (em 2013) e, por isso, as fotos são bem antigas, além de o país ter evoluído imenso desde então, a todos os níveis.

É o país perfeito para quem se inicia na Ásia, uma excelente porta de entrada para começar a explorar aquele continente repleto de maravilhas. Tudo o que a Tailândia tem, tem em abundância: amabilidade, sorrisos, cultura, excelente comida, enfim… Um país muito rico, intenso e, ao mesmo tempo, sereno!

Naquela altura fizemos Bangkok e ilhas Phi Phi, o que continua a ser uma excelente opção para lua-de-mel. Se bem que agora reconhecemos que outras ilhas são mais apreciadas e, tendo por base o feedback de amigos nossos, sugerimos Krabi, Koh Phangan, Koh Lipe, entre outras de igual beleza.

Onde ficar na Tailândia?

Não serão bem o cenário ideal para quem vai de lua-de-mel, mas nas ilhas Phi Phi ficámos no Holiday Inn Resort Phi Phi Island e em Bangkok no  hotel Ibis Riverside, uma escolha barata e prática dada a sua localização. 

Em registo de lua-de-mel, recomendamos:
* Rayavadee, em Krabi
* Zeavola Resort, nas Phi Phi
* Twinpalms Phuket Resort, em Phuket
* Mandarin Oriental Bangkok, em Bangkok

É também comum dar um salto a Chiang Mai, conhecida como a “Rosa do Norte da Tailândia”. Esta cidade fica no norte do país, uma região montanhosa, mística e repleta de história e é também lá que fica um dos melhores hotéis de luxo da Tailândia, o Four Seasons de Chiang Mai. Rodeado por campos de arroz esverdeados é um verdadeiro santuário de bem-estar, perfeito para recarregar as energias e vivenciar experiências extraordinárias. Portanto, uma excelente aposta para honeymoon.

Bangkok

Convencidos?
Estas são apenas algumas sugestões de destinos para lua-de-mel. O que consideramos ideal numa viagem deste género (e noutras até) é unir um destino de descanso absoluto (Maldivas, por exemplo) com um lugar completamente novo (como o Japão), com muita cidade, muita informação, muita coisa para descobrir. Gostam deste tipo de artigo? É-vos útil?

Ásia Viagens

Roteiro de 11 dias no Vietname: de Sul a Norte

Abril 14, 2020
Roteiro de 11 dias no Vietname

São poucos os adjectivos capazes de descrever uma viagem pelo Vietname. É um país fascinante desde o primeiro minuto, com uma diversidade tal que é capaz de agradar a todos os gostos. De entre a enigmática Baía de Halong, à pitoresca Hoi An, sem esquecer o caos inebriante de Ho Chi Minh e Hanói, a antiga capital imperial Hué, o Rio Mekong e os seus mercados flutuantes. Tudo no Vietname é mágico e singular! É um caos que nos traz paz e um roteiro de 11 dias no Vietname não são suficientes para absorver tanta cultura nem degustar tanta variedade gastronómica. Mas, bem, mais vale 11 dias do que nada. Isso, sem dúvida!

Quando ir?

O Vietname é um país extenso com um clima muito variado: vai dos cumes nevados das montanhas a Norte até aos 40 graus a Sul. Portanto, não há propriamente uma altura exacta que seja ideal para percorrer todas as regiões. Muito resumidamente, em Hanói e no Norte, de Maio a Outubro é quente e húmido, com chuvas; de Novembro a Abril é mais frio e mais seco. O Vietname Central tem um clima quente e seco entre Janeiro e Agosto quando as temperaturas podem atingir os 30°C; sendo que de Setembro a Novembro podem ocorrer altos níveis de precipitação. O Sul é, geralmente, seco e quente de Novembro a Abril e quente e húmido entre Maio e Outubro, com chuvas mais fortes entre Junho e Agosto.

Deixo aqui este site em que podem informar-se melhor e dois pontos a reter:

  • As monções, geralmente, ocorrem entre Maio e Novembro.
  • O período dos tufões é mais acentuado entre Julho e Novembro.

Como a meteorologia é cada vez mais incerta, eu (Eduarda) fui no mês de Outubro, o único período que tínhamos disponível para viajar pelo país e em 11 dias apenas apanhámos uma manhã de chuva em Hoi An, sendo que à tarde o calor apertou e fomos fazer praia. Portanto, não nos arrependemos de arriscar e correu tudo muito bem. Em Ho Chi Minh estavam sempre acima de 30°C e bastante húmido. No Centro do país, o tempo estava ameno e apenas apanhámos uma manhã de chuva, sem sequer estar frio. No Norte tivemos muita sorte, especialmente em Halong Bay: dois dias de sol, um calor sereno e céu limpo. Segundo o nosso guia, fomos uns felizardos, porque o normal lá na Baía são os dias encobertos. Em Hanói tivemos um calor húmido bastante suportável.

Como se deslocar?

Grab: se não podem percorrer uma distância a pé, chamem o Grab. É um serviço equivalente ao Uber, com opção de pedirem Grab Bike, que recomendamos vivamente: andar de scooter no Vietname é uma experiência ímpar. Nós tentamos sempre evitar taxistas e tuk tuk drivers, portanto, para nós, esta é a melhor opção.

Porém, para os que preferem táxi, lemos que se deve apanhar apenas os VinaSun ou Mai Linh e, se possível, os de quatro lugares e não os de sete, por serem os mais baratos.

Autocarro e comboio: são as opções mais económicas e os backpackers costumam viajar durante a noite para economizar no alojamento. Nós não usámos nem um nem noutro, mas conhecemos quem o tivesse feito e o feedback é positivo.

Avião: como tínhamos pouco tempo, não quisemos desperdiçá-lo e, por isso, optámos por viajar de avião entre regiões. Esta é uma excelente opção sobretudo pelo tempo que se ganha, em particular se for para atravessar o país duma ponta a outra. Fizemos todas as deslocações com a Vietnam Airlines, mas têm companhias aéreas lowcost (VietJet Air, Jetstar, Bamboo Airways, etc.). No nosso caso, acabou por compensar viajar com aquela e não nos arrependemos. Zero atrasos!

PRIMEIRA PARAGEM: HO CHI MINH

O nome da cidade foi alterado na década de 70, em homenagem ao grande líder e herói vietnamita de mesmo nome, Ho Chi Minh. Era (e ainda é para os locais) conhecida como Saigon antes da guerra e herdou um forte passado capitalista de influência americana. Para quem tiver curiosidade sobre esse período, recomendamos a série Vietnam War, disponível na Netflix. Vimo-la antes da viagem e sem dúvida que nos dá outra preparação para absorver melhor o país.

Apesar de ser maior que Hanói, não é a capital, mas tem muito para oferecer a quem a visita. É talvez a que mais se assemelha ao ambiente das cidades ocidentais, com os seus arranha-céus e um estilo de vida vibrante e cosmopolita. Além disso, é a cidade que tem o record de número de motos por habitante. Lemos algures que Ho Chi Minh abriga oito milhões de habitantes e mais de sete milhões de motos. Agora imaginem isso tudo a apitar e vocês a atravessar a rua, confiando na sorte, porque ninguém pára, mas é quase como se fosse telepatia, as motos desviam-se das pessoas. Passadeiras são miragens!

Ficámos dois dias completos em Ho Chi Minh City, precisávamos de mais um para ir ao Delta do Rio Mekong, mas tivemos que fazer opções e como queríamos muito ir a Hue, ‘roubámos’ um dia a esta cidade. Dividimos o tempo da seguinte forma:
1º dia – Explorar a cidade 
2º dia – Cu Chi Tunnels (é possível conhecer o templo Cao Dai no mesmo dia, mas quisemos apenas o ‘half day tour‘) e explorar novamente a cidade, da parte da tarde

Dia 1 – chegada

Chegámos a Ho Chi Minh por volta das 13h de um Sábado, pela Qatar Airways. Não há isenção de Visto para portugueses e, para a obtenção do Visto à chegada no Vietname através de um dos aeroportos internacionais, é sempre necessária a solicitação de uma carta de pré-aprovação junto de um dos muitos agentes disponíveis online. Por experiência própria, recomendo este agente, foi o que usei e correu muito bem. A carta é enviada por email no prazo máximo de dois dias. Assim que chegam ao aeroporto, dirigem-se ao “Landing Visa” ou “Visa Upon Arrival” e seguem as instruções para que consigam o Visto de Turista. Não se esqueçam de levar o Passaporte com validade mínima de seis meses e fotos tipo passe.

Depois de ficarmos devidamente acomodados no Rex Hotel, fomos explorar a cidade mais popular do Sul do país. Este alojamento fica no distrito 1 (o ideal para se hospedarem) e ficou conhecido por ser a base das actividades sociais e militares dos soldados americanos durante a Guerra do Vietname. Era ali também que os militares americanos faziam as conferências de imprensa diárias.

A localização do hotel é excelente e então fomos a pé até chegar à Catedral de Notre Dame, a uns dois minutos dali. Construída em 1877 pelos franceses, é um dos poucos locais de celebração da religião católica no Vietname. Quando fomos, infelizmente, estava com partes da fachada em reconstrução.

Ali mesmo ao lado ficam os Correios Centrais de Saigon (Saigon Central Post Office), um belo edifício projectado pelo famoso Gustave Eiffel, durante a época de colónia francesa. É giro mandar um postal para a nossa morada e ver quanto tempo demora a chegar, mas a fila era tanta que acabámos por desistir. Trouxemos os postais e os selos como recuerdo.

Pertinho dali fica a Opera House, um dos marcos da cidade, em estilo francês. De 1955 a 1975 foi usada como a Assembleia do Governo do Vietname do Sul e depois voltou a ser um teatro.

A poucos metros do nosso hotel ficava também a Bitexco Financial Tower, o edifício mais alto de Ho Chi Minh City, com 262.5m. É um prédio de escritórios, mas a maior atracção para os turistas é o Skydeck, no 49º andar.

Outra curiosidade sobre a cidade é que a maioria das pessoas vive em locais chamados hems, semelhantes a vielas, onde reina o espírito de comunidade e de entreajuda. Para perceberem melhor a essência desta fantástica cidade recomendamos que, antes da viagem, vejam o episódio sobre Ho Chi Minh na série Street Food: Asia, da Netflix.

Dia 2

O segundo dia começou nos Cu Chi Tunnels, a cerca de 1h30 da cidade. Fizemos o tour com a empresa local Vietnam Adventure Tours e tivemos a sorte de ter como guia um veterano de guerra. Tivemos conhecimento da empresa através do GetYourGuide, mas decidimos contactá-los directamente porque assim evitámos que pagassem comissão à GetYourGuide, é uma forma de ajudar os empreendedores locais, sem intermediários. Recomendamos mesmo esta visita.

Não íamos com grandes expectativas, porque achávamos que era mais um spot tipicamente idealizado para turistas, como o Damnoen Saduak de Banguecoque, mas afinal foi uma manhã de grande aprendizagem. Ali está um dos maiores tesouros da história recente do país: os túneis foram construídos pelos vietcongs durante a Guerra do Vietname. Parte dos cerca de 270 km de túneis está aberta a visita e o local transformou-se num museu a céu aberto. Estes túneis, incrivelmente estreitos e baixos, serviam de abrigo e moradia dos vietcongs e vão até dez metros de profundidade, em três níveis diferentes. Para quem não sofre de claustrofobia, é-lhes dada a possibilidade de rastejar como um verdadeiro vietcong, tem é de estar preparado para suportar o ar abafado, apesar dos sistemas de refrigeração engenhosamente inventados. Eu não perdi essa oportunidade!

Roteiro de 11 dias no Vietname

De volta à cidade, fomos conhecer o Museu da Guerra (War Remnants Museum), que acumula as marcas de um conflito que o tempo demora a apagar. A experiência é sombria e o percurso faz-se através de uma extensa colecção de fotografias da chamada ‘Guerra do Vietname’. A crueldade e a frieza chegam a impressionar e a história de um conflito sangrento fica-nos a ressoar na mente. Há uma sala, a que para mim foi a mais impiedosa, em que quase sentimos o cheiro do agente laranja, que destruiu florestas inteiras, rios e as principais fontes de água potável no país. Além de contaminar as fontes naturais de subsistência, aniquilou a fauna e flora por onde passou e deixou cicatrizes das mais diferenciadas formas entre dois a cinco milhões de pessoas. A revolta invade-nos ao conhecermos com detalhe as atrocidades, os massacres, as aldeias e vidas destruídas. Não vou aqui colocar imagens, porque são demasiado chocantes.

Na parte exterior do Museu podem ver algumas relíquias de guerra. É possível caminhar entre aviões do modelo F5, tanques norte-americanos de modelo M41 e M48 e alguns caças projectados para duas pessoas.

Antes de uma deliciosa food tour, fomos descobrir a Bui Vien Street ao entardecer, a rua mais badalada de Saigon. Há quem a compare (e bem!) à Khao San Road de Banguecoque, dada a quantidade de bares e de turistas. No fim da food tour, voltámos lá para perceber como era à noite. Imperdível!

Dia 3

No terceiro dia permitimo-nos apenas caminhar pela cidade à descoberta. Fomos tomar um café ao The Cafe Apartments, a conversão mais cool de um antigo prédio de nove andares numa fantástica colecção de cafés, restaurantes, lojas de moda, espaços de coworking e até uma livraria. No total são cerca de 30 lojas reformadas, na Walking Street (ou Nguyen Hue Street), muitas delas com varandas externas. Esta praça gigantesca, que acolhe o icónico prédio, é um espaço de lazer para a população. À noite, fica lotada de locais, mesmo em dias de semana. Num dos extremos da Avenida está o prédio histórico da Câmara de Ho Chi Minh (amarelo colonial) e, na outra extremidade, as margens do Rio Saigon.

Depois do nosso cafézinho fomos explorar o famoso Ben Thanh Market, um mercado enorme com mais de 3000 barraquinhas, onde se encontra um pouco de tudo: comida, souvenirs, roupas, calçado e acessórios. Negociar é regra de ouro! De referir apenas que as compras de souvenirs são normalmente mais baratas na zona dos backpackers que neste mercado.

Passámos ainda pelo Palácio da Reunificação, mas já não tínhamos tempo de entrar e explorar. Mesmo assim acreditamos que valerá muito a pena, até porque é o marco que representa o fim da guerra, tal como a queda do Muro de Berlim. Na série Vietnam War, vêem que, em 1975, os tanques do Vietname do Norte invadiram o local, que era a residência presidencial do Vietname do Sul. Este é o lugar histórico por excelência que resistiu a duas batalhas, contra os franceses e contra os americanos.

No final da tarde apanhámos voo para Hue, a antiga capital imperial, já no Centro do país.

SEGUNDA PARAGEM: HUE

Hue é a capital da província de Thua Thien-Hue. Até 1945 foi capital do país (desde 1802), quando o imperador Bao Dai abdicou e um governo comunista foi estabelecido em Hanói. Pela sua posição, perto da divisa entre as forças do Norte e do Sul do país, Hue foi bastante prejudicada durante a Guerra do Vietname, sendo palco de uma das batalhas mais sangrentas do conflito: a Batalha de Hue. Muitos prédios históricos foram destruídos durante a Guerra e hoje emprega-se um esforço para reconstruí-los e manter o turismo activo na região. Decidimos ficar uma noite e um dia na cidade, mas há muito mais para ver.

Roteiro de 11 dias no Vietname

Ficámos instalados no Vinpearl Hotel Hue, no centro da cidade e com um Sky Bar de vistas deslumbrantes. O pequeno-almoço era excelente e o panorama que se tem através das paredes envidraças do quarto é de arrebatar. Altamente recomendado!

Dia 4

O dia começou cedo. Tínhamos reservado um passeio de um dia com a Hue Student Tour, uma organização local sem fins lucrativos, cujo principal objectivo é partilhar e trocar culturas e idiomas. Os turistas pagam apenas a comida, as entradas nos sítios e o combustível. Nós optámos por fazer de mota, mas também há a opção de carro. Acreditámos que esta é a melhor e mais segura forma de conhecer a cidade, porque os pontos de interesse ficam distanciados. É rápido e muito interessante, porque os estudantes interagem a 100%. O intuito deles é mostrar a cidade, mas, acima de tudo, praticar o Inglês e ‘viajarem’ para outros países através da conversa com turistas. Nós gostámos mesmo muito de conhecer a Diêu Chi e a Thoa Tran, muito simpáticas e curiosas acerca deste nosso Portugal. Segundo nos disseram, fomos os primeiros turistas portugueses que conheceram. 🙂

Pagodes e tumbas imperiais são os mais populares em Hue. De uma perspetiva arquitectónica, cada um dos túmulos são a expressão única da personalidade dos monarcas que os mandaram construir e reflectem os seus gostos pessoais. Os antigos governantes do Vietname passavam tanto tempo a preparar-se para a morte que a maioria dos túmulos reais tinha uma dupla função: antes do monarca “montar as costas do dragão” (eufemismo para a morte real), ele e a sua família usavam o futuro túmulo ​​como casa de campo.

De entre os muitos locais de interesse, visitámos:

Tu Hieu Pagoda: aninhado entre colinas e embelezado por um lago de lótus, este é o templo budista onde Thich Nhat Hanh, um dos líderes espirituais mais influentes dos nossos tempos, conhecido como o “pai do mindfulness” e indicado por Luther King para Prémio Nobel da Paz, escolheu passar o resto dos dias. Foi aqui que encontrámos, por acaso, SÆ° Cô Chân Không, uma activista da paz muito ligada a ele. Ambos dedicaram grande parte do seu tempo ao mosteiro budista de Plum Village, o maior da Europa, fundado por Thich Nhat Hanh no início da década de 80. Podem saber mais sobre Plum Village aqui.

Tumba do Imperador Tu Duc: local construído para ser o cemitério do Imperador Tu Duc, famoso no Vietname porque, apesar de ter 103 concubinas, não deixou filhos.

Tumba do Imperador Khai Dinh: construída pelo 12º rei do Vietname e supostamente o mais impopular e mais europeu dos reis: sofreu muito influência francesa na sua formação durante o período que viveu no país.

Almoço no Dong Ba Market, um imenso mercado a céu aberto, recomendado pelo Anthony Bourdain para se comer o verdadeiro Bun Bo Hue.

Thien Mu Pagoda, o maior da cidade, localizado às margens do Rio Perfume. Em Hue são mais de 300 pagodes, mas este é a estrela da cidade. Ficou mundialmente conhecido por ter sido a última morada do monge Thích Quảng Dúc que ateou fogo ao seu próprio corpo durante os protestos na cidade de Saigon contra o governo comunista. O Austin Westminster, carro que aparece na foto premiada, encontra-se no local. O pagode em si tem sete andares, um número sagrado para o Budismo.

Cidade Imperial de Hue: foi em 1804 que Gia Long mandou construir a Cidade Imperial, que seria uma cópia em menor escala da Cidade Proibida de Pequim. Durante o último governo imperial, a Cidade Proibida Púrpura, como era conhecida, tinha muitos edifícios e centenas de salas. Infelizmente, o bombardeio norte-americano de 1968, em resposta à tomada de Hue pelos comunistas, arrasou a maior parte da cidade, mas ainda conserva partes que valem muito a visita. Em 1993 foi declarada Património Mundial da UNESCO.

Roteiro de 11 dias no Vietname

Muito mais havia para descobrir em Hue, mas Hoi An chamava por nós. Fizemos a viagem de carro com a empresa local Hanoi Transfer Service, com passagem pela magnífica Hai Van Pass. O percurso é de cerca de 3h, mas a paisagem é de cortar o fôlego, desde que não esteja encoberto.

Chegámos a Hoi An já o sol se tinha posto, mas ainda deu para explorar um pouco da cidade, junto ao rio.

TERCEIRA PARAGEM: HOI AN

Declarada Património Mundial da UNESCO em 1999, Hoi An é uma cidade nascida da fusão asiática. Localizada nas margens do Rio Thu Bon, foi um notável porto comercial entre os séculos XVI e XVIII, atraindo comerciantes da China, Japão e Europa, incluindo Portugal. Como resultado disso, a cidade reflecte as mais diferentes influências, indígenas e estrangeiras, numa mistura de estilos arquitectónicos que se combinam para dar origem a um património único. Diria que é a minha preferida, no Vietname!

Além da Ponte Japonesa, é conhecida pelas Assembleias, pelos pagodes, pelas casas tradicionais e santuários de conceituadas famílias locais. A cidade teve a sorte de escapar praticamente ilesa à Guerra do Vietname, pelo que muito do seu charme ancestral continua em estado puro. As lanternas coloridas são a alma da cidade e dão-lhe uma atmosfera inebriante.

Ficamos três noites e dois dias completos para usufruir da cidade com calma e diríamos que são suficientes para a conhecer. No centro histórico, o trânsito motorizado é proibido e foi muito agradável circular pelas ruas, ora a pé, ora de bicicleta.

Dia 5

Manhã inteiramente dedicada à descoberta do centro histórico de Hoi An. De entre os locais visitados, destaque para:

– Ponte Japonesa: símbolo da cidade e da amizade entre dois povos, por ter sido construída no início do século XVII pelos comerciantes japoneses que viviam de um lado da ponte para uni-los aos comerciantes chineses, do outro lado. A ponte é toda em madeira, com um pequeno templo dentro. Reparem que numa das pontas há um par de estátuas de macacos e, na outra, um par de estátuas de cães. Lemos que as figuras representam os anos chineses em que a construção da ponte começou (cão) e em que foi acabada (macaco).

Assembly Halls: em Hoi An vão encontrar muitas destas construções. Parecem-se com templos mas, na verdade, são “complexos” que serviam para reunir a população chinesa. Entre os mais famosos edifícios antigos da Cidade Velha destacam-se as Assembleias Cantonesa, de Phuc Kien e Hainan as Casas antigas de Phung Hung e de Tan Ky, Quan Thang, a capela da família Tran e o Templo de Quan Cong. Estes edifícios fazem parte do legado histórico da cidade, construído ao longo dos últimos séculos. As que mais apreciámos foi a Quang Trieu Assembly Hall, do povo cantonês, e a Phuoc Kien Assembly Hall, do povo fujian.

Ancient Houses: casas com centenas de anos, sendo possível visitar algumas delas.

Hoi An Central Market: um mercado típico vietnamita onde encontram frutas, legumes, carnes, peixes, temperos, produtos frescos e industrializados.

À tarde o tempo melhorou significativamente. Chamámos o Grab Bike e fomos fazer praia para a An Bang Beach.

Depois do jantar, fomo-nos perder para o Night Market e recorremos ao clichê de colocar uma velinha no rio e pedir um desejo.

Dia 6

Depois do pequeno-almoço no hotel decidimos ir tomar café ao popular Faifo Coffee, um dos poucos spots em Hoi An com rooftop. É muito bonito verem os telhados da cidade de cima. Aqui podem também comprar o tradicional café vietnamita para trazerem de recordação.

Continuámos a explorar a cidade, sempre de bicicleta. O nosso hotel (Atlas Hotel) disponibilizava-as gratuitamente aos seus hóspedes e para irmos até à praia tinham também um shuttle bus gratuito, com diferentes horários de partida e de chegada. Aproveitámos para ir almoçar junto ao mar e relaxar mais um pouco naquela despretensiosa mas muito agradável An Bang Beach, com o seu mar de águas calmas e mornas (uma grande surpresa!).

Na terceira e última noite em Hoi An voltámos ao Night Market e fomos descansar. No dia a seguir tínhamos de estar preparados para deixar a cidade mais limpinha e organizada que conhecemos no Vietname para ir à descoberta da desconcertante capital, Hanói.

Temos muito poucas fotografias de Hoi An. A cidade parece uma tela, é tão rica em detalhes que nos perdemos em cada cantinho.

QUARTA PARAGEM: HANÓI

Ha” significa Lago e “Noi” significa “entre”: “entre dois lagos”, fazendo referência aos dois lagos que limitavam a cidade: Westlake e Hoàn Kiêm. A capital do Vietname é verdadeiramente uma surpresa. A selecção de adjectivos é difícil, mas diria que é incomparável, singular, graciosa e autêntica.

As expectativas eram muito altas, um casal amigo que tinha estado no país dois anos antes havia-nos dito que era a cidade favorita de ambos. Não desiludiu, muito longe disso! Há um certo caos organizado que contrasta harmoniosamente com a influência francesa.

Algo a reparar no Vietname são os prédios, que são extremamente finos e esguios. Diz-se que na época da guerra, o povo ficou ainda mais pobre e precisava de vender metade dos seus terrenos ou das suas casas e como só tinham metade de um terreno, que já de si era pequeno, subiam a construção dos prédios assim mesmo, super slim.

Dia 7

Voámos para Hanói bem cedo, pela Vietnam Airlines. Queríamos aproveitar muito bem o sétimo dia no país. Chegados ao hotel (Oriental Suites Hotel & Spa), com excelente relação qualidade-preço e muito bem localizado, lançamo-nos para a rua. Já agora, o melhor lugar para ficarem alojados é no Old Quarter, nas periferias do Lago Hoàn Kiêm. É aqui que tudo acontece e é a área mais agradável da cidade para andar a pé e desfrutar da capital.

O primeiro dia na cidade foi dedicado aos bairros de Old Quarter French Quarter, que abrangem o centro histórico da cidade.

De salientar que, infelizmente, não tivemos oportunidade de visitar o Ho Chi Minh Complex, pelo facto de às Segundas e Sextas o Mausoléu e o Museu estarem fechados e ter coincidido com os dias que estivemos na cidade (no Sábado e no Domingo fomos para Halong Bay e nos restantes dias voámos para o Laos, país vizinho). Porém, este é um ponto obrigatório. É no Ho Chi Minh’s Mausoleum que está conservado o corpo de Ho Chi Minh e no Ho Chi Minh Museum é narrada a história do líder através de objectos e documentos da época.

A primeira paragem foi para conhecer o Templo da Literatura (Van Mieu), com quase mil anos, é a mais antiga Universidade do Vietname e é também um templo dedicado a Confúcio. Era aqui que se formavam os mandarins da corte imperial e é aqui se hoje se reúnem os estudantes para pedir bençãos e tirar as fotografias de fim de curso, trajados a rigor.

Dali partimos à descoberta da Hoa Lo Prison (ou Maison Centrale), uma prisão construída na época do domínio francês que era usada para prender vietnamitas e castigar duramente os revolucionários que lutavam pela independência do país. A prisão ficou igualmente conhecida como Hanoi Hilton, porque, anos mais tarde, passou a ser usada pelos próprios vietnamitas do Norte para prender prisioneiros de guerra americanos. Aqui estamos em pleno French Quarter, resultado do extenso período de colonização francesa. O maior destaque vai para a Opera House e é aqui também que fica o Vietnamese Women’s Museum, um museu que retrata a história das mulheres vietnamitas ao longo dos séculos.

Roteiro de 11 dias no Vietname

Sempre a caminhar, demos de caras com a St. Joseph’s Cathedral, construída durante o período de colonização francesa, notável pelo seu estilo neo-gótico e inspirada na famosa Notre Dame de Paris. Continuámos a passear e fomos ter ao Hoàn Kiêm, o lago que é o coração de Hanoi, em pleno Old Quarter. No meio do lago está a Torre da Tartaruga. Diz a lenda que o Imperador Le Loi recebeu do lago uma espada mágica e com essa espada o rei conseguiu expulsar os chineses do Vietname. Um dia depois, enquanto o imperador passeava pelo lago, apareceu uma tartaruga que tomou a espada de volta. Numa pequena ilha desse lago fica o templo mais importante e visitado da cidade, o Ngoc Son, conectado com a margem do lago por uma bonita ponte vermelha. Construído no século XIV, é dedicado a Tran Hung Dao, um herói de guerra que derrotou três vezes os exércitos mongóis que tentaram invadir o Vietname no século XII. Lá encontram também uma tartaruga embalsamada de 250 kg, uma das últimas de uma espécie já extinta, e que dizem ser descendente daquela que terá vindo reclamar a espada sagrada. À noite, a ponte e o templo ficam ainda mais bonitos iluminados.

Depois do jantar fomos até ao Hanoi Night Market, perto do hotel, e aproveitámos ainda para ir beber uma cerveja à Tan Hien Street (ou beer corner), uma rua muito popular entre turistas e locais pela vida nocturna. Deitámo-nos cedo, porque no dia a seguir partíamos para Halong Bay.

Se tiverem oportunidade, façam por estar em Hanói ao fim-de-semana, em que as ruas são fechadas ao trânsito, os locais reúnem-se nas margens do lago e fica ainda mais agradável passear pelo Old Quarter. Sem carros, sem motas! Das 19h de Sexta à meia noite de Domingo, toda a área em redor do lago é das pessoas, exclusivamente. Por todo o lado há animação, desde jogos tradicionais em que os mais novos revivem a própria cultura, a bandas de música actuam em plena rua, há muito karaoke improvisado, muitos artistas locais a exibir talentos. Enfim, todo um sem fim de vida, muita vida!

Dia 8

O ideal é passar, pelo menos, uma noite num cruzeiro por Halong Bay, mas como nem todos têm tempo suficiente, as agências oferecem passeios de um dia, sendo possível comprá-los nos próprios hotéis.

Nós já tínhamos feito a reserva previamente e não nos arrependemos nada de ter passado uma noite naquele lugar idílico. Por norma, os preços destas excursões incluem o pick up, a acomodação no barco (uma noite, no nosso caso), refeições (dois almoços, um jantar e um pequeno-almoço), autorização para circular na Baía, seguro e guia em inglês. Além disso, podem ter actividades como kayaking, tai chi, aula de culinária e por aí em diante. Vai depender do que pretendem fazer e do quanto querem gastar. De referir apenas que esta opção anda sempre acima dos 200€ para duas pessoas.

Fizemos com a empresa local Vega Travel. Pegaram em nós no nosso hotel por volta das 07h30 da manhã e perto das 12h chegámos a Halong City.

Depois das boas-vindas a bordo que incluiu um almoço com aqueles que iriam ser os nossos companheiros de viagem, subimos até ao terraço e instalámo-nos confortavelmente nas espreguiçadeiras enquanto o barco percorria as centenas de ilhas e ilhotas da Baía de Bai Tu Long. Esta é uma área menos turística, mais limpa e bem preservada que a Baía de Halong.

Depois de chegarmos a uma zona remota, desfrutamos de um passeio de caiaque, sempre orientados pelo nosso simpático guia vietnamita, o Dem. Fizemos uma paragem para visitar a Trong Cave e a Trinh Nu Cave. Tivemos um tempinho, cerca de 1h, para nadar nas águas cor de esmeralda e conhecer um pouco melhor o nosso grupo de viajantes. Havia espanhóis, belgas, italianos e um rapariga dos EUA que viajava sozinha!

De regresso ao barco, ancorado numa lagoa tranquila entre a Baía de Bai Tu Long e a Baía de Ha Long, tomámos um bom banho para, de seguida, nos reunirmos novamente para uma divertida aula de culinária. Por fim, o jantar preparado pelo staff (e não por nós, felizmente!). Apesar do cansaço, e por estar uma noite tão amena e agradável, fomos para o deck apreciar o céu totalmente estrelado, enquanto bebíamos uma cerveja fresca. Foi uma noite tranquila naquele paraíso já próximo da China. Aliás, o nosso guia disse-nos que estávamos muito mais perto da China que de Hanói.

Dia 9

Acordámos muito cedo, mas já havia luz lá fora, para tomarmos o pequeno-almoço no barco com o resto do grupo. A ideia de acordar às 6h da manhã custou, mas depois fomos amplamente recompensados: fomos dos primeiros a chegar à caverna mais famosa de Halong Bay, a Hang Sung Sot (Surprise Cave). É a caverna à qual todas as excursões vão e, por isso, quanto mais cedo melhor. Depois de subirmos novamente para o barco, mal sabíamos nós que nos esperavam cerca de 340 degraus para alcançar o topo do pico da montanha Ti Top, na Ti Top Island. Alguns não tiveram coragem, mas quando chegámos lá cima sentimos que valeu todo o esforço. Não foi fácil percorrer aquele escadório íngreme e pouco linear, com um calor húmido fora de série, mas a vista compensou todas as gotas de suor. Começámos a descer e fomos recuperar energias para a praia desta pequena ilha, uma praia de areia formada naturalmente que nos convida para um um mergulho refrescante na baía.

Seguimos pela Baía de Halong, vimos a ilhota Fighting Cock, mais grutas e uma zona de piscicultura. Para terminar em beleza, antes do último almoço a bordo, parámos num lugar tranquilo para relaxar no convés do barco. Regressámos a Halong City por volta das 12h, desembarcámos e continuámos a nossa viagem terrestre para Hanói.

Já em Hanói deambulámos pelo Old Quarter, simplesmente a observar a vida dos locais e a forma como se exercitam e convivem nas margens do lago. Fomos, claro está, experimentar o egg coffee ao Café Nang. Dizem os entendidos que este café, além de grãos de café, do tipo robusta, leva gemas de ovos, leite condensado e outros ingredientes guardados a sete chaves. É muito, muito saboroso! Há uma enorme quantidade de cafés espalhados pela cidade, mas este é uma das paragens obrigatórias.

À noite, alinhámos numa outra experiência: beber uma Bia Hoi, que dizem ser a cerveja artesanal mais barata do mundo, e talvez seja! Cada copo custa à volta de vinte cêntimos (fizemos a conversão e pagámos 0,17€ por cada) e a cerveja é feita diariamente, sem conservantes. Fomos àquele que dizem ser o melhor lugar para experimentar a Bia Hoi: no cruzamento entre a Luong Ngoc Quyen e a Ta Hien Street. Também faz parte da ‘experiência’ sentarem-se num dos banquinhos de plástico, seja de manhã, à tarde ou à noite. Sobre os sítios a que fomos comer, faço depois um artigo à parte focado apenas na gastronomia, porque vale muito a pena!

Dia 10

O décimo dia no Vietname foi apenas uma manhã, porque tínhamos voo para o Laos. Depois de tomarmos o pequeno-almoço no hotel, fomos tomar outro egg coffee, para descobrir as diferenças, ao famoso Giang Café. Apesar de este ser mais popular e recomendado em praticamente todos os blogs de viagens, aliás via-se pela quantidade de turistas que preenchiam as salas e corredores, acho que gostei mais do outro, por ser mais cremoso. Deixámos a mala maior no hotel (depois iríamos voltar) e fomos para o aeroporto internacional.

Aproveitámos para ir dar mais uma voltinha em redor do lago para ver os locais nos seus exercícios matinais. Há homens e mulheres de todas as idade, seja a fazer joggingtai chiyoga, musculação, danças latinas, artes marciais, ginástica e até meditação. É mesmo bom estar ali!

Roteiro de 11 dias no Vietname

Dia 11

Depois de voltarmos do Laos, foi um novo ‘choque’ voltar às buzinadelas e à agitação da capital vietnamita, mas aquele caos é tão organizado que chega a ser delicioso e viciante!

Como era o último dia no país, revisitámos os nossos sítios favoritos e fomos comprovar algo que tínhamos lido. O Old Quarter é conhecido pelos locais como “Trinta e Seis Ruas”, pelo que as ruas assumem nomes de ofícios e, se estiverem atentos, hão-de reparar que muitas delas são dominadas por actividades muito específicas como artigos religiosos, alumínios, ervas aromáticas, papelaria, brinquedos, roupa interior e por aí fora. Para nós não foi assim tão agradável, porque nem das 10h da manhã eram e fomos dar à rua das carnes (talvez os talhos dos vietnamitas) e demos de caras com uma senhora a cortar rãs, ainda vivas. O que vale é que logo a seguir fomos ter à rua das flores e ficamos encantados!

Ainda tivemos tempo de ir ao Legend Beer Hanoi, conhecido pelo seu terraço ao ar livre com vista para o trânsito movimentado, ao pé do Lago Hoàn Kiêm.

A nossa dica é deixarem uma manhã ou uma tarde (ou até um dia, idealmente!) para simplesmente vaguearem por este colorido e caótico labirinto. É uma cidade imperdível que nos deixa com os sentidos sempre alerta. Deixem-se levar, sintam a essência da cidade e toda aquela dinâmica frenética. Absorvam cada estímulo, cada momento.

Para os amantes de gastronomia, hei-de fazer um artigo inteiramente dedicado às especialidades vietnamitas. De resto, apenas para referir que esta viagem foi feita em Outubro de 2019.

Lifestyle

Serra da Estrela, um paraíso para amantes de neve

Janeiro 30, 2020
Serra da Estrela

A nossa Serra da Estrela é uma das regiões mais frias, mas em contrapartida tem uma beleza inconfundível com muitos desníveis montanhosos que, no Inverno, proporcionam momentos de muita diversão. Foi então o que fizemos no último fim-de-semana, em que aproveitámos o facto de ter nevado e a paisagem estar ainda mais bonita e pura!

Como sabem, os meus avós vivem perto da Serra e sempre que temos oportunidade fazemos uma visita e juntamos o útil ao agradável!

Porém, a Serra da Estrela não é só feita de neve e já falámos sobre outras actividades em outros artigos, que podem (re)ver aqui. Visitar os centros históricos das cidades de Covilhã e Guarda é uma outra programação que apreciamos.

Podem ver mais conteúdo sobre esta viagem no Instagram Mariana Machado.

Viagens

Nova Iorque: havemos de voltar!

Setembro 26, 2019
Nova Iorque

No quinto dia em Nova Iorque tomámos o pequeno-almoço no Rustic e fomos para o The Vessel, uma construção impressionante, gratuita, e com Wi-Fi gratuito. Aliás, há Wi-Fi gratuito por quase toda a cidade e, por isso, não sentimos necessidade de comprar net móvel. Esta obra de arte interactiva é perfeita para subirem as escadas e aproveitarem os mais variados pontos de observação da cidade.
Nova Iorque
Nova Iorque

Aproveitámos para nos refrescarmos e fugir um pouco do calor e entrámos no shopping ao lado, onde havia uma loja de electrónica que nos prendeu algum tempo. Se forem para estes lados vale a pena conhecer.
De seguida, fomos almoçar ao Soho, no Rubys Cafe, onde há comida maravilhosa e sumos naturais, pelo que aconselho muito incluí-lo no vosso roteiro, caso vão para aquelas bandas.
Nova Iorque
Depois andámos a passear pela cidade, a explorar cada canto que nos era possível.
Fomos à famosa rua onde ficava a casa da Sarah Jessica Parker, na série Sex and the City, passámos no café onde ela comprava o seu red velvet e continuámos a caminhar até à zona do Chelsea Market, que fica num 
bairro muito bonito e com óptimos restaurantes também!  Continuar a ler

Viagens

O quarto dia em Nova Iorque

Setembro 23, 2019

Já recomposta da emoção do dia do desfile, no quarto dia em Nova Iorque acordámos cedo para ir à Brooklyn Bridge, mas com alguns contratempos chegamos à ponte já por volta das 10h. A viagem de comboio demorou cerca de 30 minutos e esta viagem está sempre com muita gente, verdadeiramente ao estilo ‘sardinha enlatada’. Já na ponte, lá conseguimos tirar algumas fotos sem muita gente, mas a partir das 10h30 era impossível, dada a quantidade de turistas.
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Viagens

Uma viagem inesperada a Nova Iorque

Setembro 19, 2019
Nova Iorque

Esta viagem não era nada expectável, surgiu do nada, mas ainda bem! Tive um convite por parte da Tommy para ir ao desfile da marca, em NYC. Nunca tinha ido e como era um destino que sempre quis conhecer, juntei o útil ao agradável. Foi uma decisão da noite para o dia! Continuar a ler

Viagens

Jamaica, muito mais do que a filosofia rastafári!

Agosto 22, 2019
Jamaica

Jamaica

Jamaica, um dos países no Caribe tipicamente associado a Bob Marley, é muito mais do que isso. Com as suas exuberantes montanhas, florestas tropicais e praias com recifes, o país tem praias de temperatura e cor inigualáveis. São precisas entre 8 a 9 horas de avião para lá chegar, a partir de Portugal e a diferença horária é de 6 horas.

Na Jamaica o termómetro raramente marca abaixo dos 20°C no litoral, graças ao seu clima quente e tropical. Apesar disso, a ilha está no mapa dos furacões, o que faz com que a melhor época para ir lá seja entre Dezembro e Abril, quando chove menos. A temporada de furacões vai de Junho a Novembro e, apesar de ser recomendável evitar viajar durante esses meses, foi quando nós arriscámos e no final até tivemos sorte, apesar de ter chovido todos os dias.
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