Ir à Toscana e deixar escapar Siena é um erro crasso, fica já aqui dito. Siena é a eterna rival de Florença e prima por muita beleza, num ambiente medieval.
Chegámos de carro a Siena, mas é possível sair a partir de Florença de autocarro (a melhor opção!) ou de comboio (que não é o mais indicado por a estação ser um bocado afastada do centro histórico de Siena).
A altura ideal para ir a Siena é em Julho e Agosto especialmente para quem aprecia cavalos, uma vez que decorre o famoso Palio di Siena. A 2 de Julho e a 16 de Agosto repete-se sempre o mesmo cenário: cavaleiros com trajes tradicionais e bandeiras de várias cores juntam milhares de pessoas. A corrida de cavalos é disputada pelas paróquias da cidade em homenagem à Nossa Senhora. Para evitar tal confusão, fizemos a viagem em Setembro, mas para os interessados deixamos aqui mais informações sobre o evento.
Tal como quase todas as cidades toscanas, também Siena foi construída no alto de uma colina. É uma cidade pequena que dá para conhecer caminhado, tentem é não se perder nas ruas que são uns verdadeiros labirintos. π O melhor ainda é que os carros não circulam no centro (os pouquíssimos que circulam têm autorização), o que torna a experiência de “conhecer a caminhar” mais prazerosa.
Começámos a descoberta de Siena pela Piazza Salimbeni que alberga o Palazzo Salimbeni, cujo interior dá espaço a um museu de arte. É tudo muito medieval, as ruas são estreitas e é normal vermos os edifícios interligados entre si por uma espécie de arco que, na realidade, é uma passagem entre eles. No final dessa via encontrámos uma arcada em estilo renascentista que, ao lado, tem uma escadaria que nos levou a um ponto muito especial: a principal praça e aquela que faz o postal da cidade, a Piazza del Campo. A praça é enorme, em formato de concha, com vários cafés, restaurantes, palácio medievais e lojas de souvenirs. Ali mesmo deparamo-nos com duas das maiores atracções: o Palazzo Pubblico com a sua gigantesca Torre del Mangia (tem 102m de altura e é considerada uma das maiores em estilo medieval da Europa) e a Fontana Gaia, que recebe água vinda de um aqueduto. Para os fãs de “subida de torres”, esta está aberta ao público e são 505 magníficos degraus até ao topo.
Piazza del Campo, o ponto de encontro de viajantes de todas as partes do mundo
Fontana Gaia tem algumas figuras em relevo, entre elas Adão e Eva, Maria e o Menino Jesus
Ali perto fica o deslumbrante Duomo de Siena, todo ele repleto de pormenores na fachada capazes de nos deixar com um torcicolo. Ao lado temos a Basílica di San Domenico que abriga uma relíquia insólita: a cabeça de Santa Catarina, a padroeira de Siena.
O magnífico Duomo com a sua arquitectura gótica-romântica e a fachada branca, com detalhes rosa e preto
Pormenores da fachada do Duomo
Rômulo e Remo, símbolos de Siena
Interior da Basílica di San Domenico
Caminhando mais um bocado pelas vielas fomos visitar a Casa di Santa Caterina, onde viveu a padroeira e que inclui uma bela igreja. É um lugar pouco turístico que remete para a simplicidade e a paz.
Na Casa da Santa Catarina dão a conhecer o seu modo de vida
Esta viagem foi feita em Setembro de 2014 e incluiu outras cidades da região toscana: Volterra e San Gimignano, Livorno e Pisa, sendo que a mais bonita e que mereceu mais dias foi Florença. Como os preços de voo eram mais baratos para Bolonha, foi lá que a viagem começou.
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