Uma das dificuldades em “montar” um roteiro para Marraquexe é que não há propriamente um roteiro como costumámos encontrar para as outras cidades. Da pesquisa que fizemos, os posts encontrados nos blogs de viagem têm os “imperdíveis da cidade”, ou “TOP 10 da Cidade Vermelha”, ou “20 coisas que tem de fazer em Marraquexe”. Portanto vamos aqui organizar a viagem por dias, precisamente porque tivemos essa dificuldade em encontrar um artigo do género.
Comecemos, por isso, pelo início! 😉
Chegámos ao aeroporto de Marraquexe por volta das 13h20. O staff do nosso riad simpaticamente foi-nos esperar ao aeroporto, pelo que foi fácil darmos com o sítio onde iríamos ficar durante 4 noites.
Do aeroporto fomos directos para o riad (casa tipicamente marroquina convertida em casa de hóspedes com cama e pequeno- almoço). Aquele que escolhemos foi o Riad Quara, fica dentro da Medina (a parte antiga da cidade, a mais pura e incrível), próximo da Medersa Ben Youssef e receberam-nos com um delicioso chá de menta e umas bolachinhas a acompanhar. Enquanto isso, Hayet, a dona do espaço, explicava-nos os segredos e os truques para fintarmos os marroquinos que nos querem sempre ajudar, mas que no fim cobram por isso. 😉 Foi uma conversa muito boa, uma verdadeira introdução ao país por quem conhece cada canto, cada história.
Tem um terraço onde nos é servido o pequeno-almoço marroquino e onde é agradável estar à noite, a apreciar o céu estrelado e a ouvir a vida a correr do lado de fora… Ou simplesmente ler um livro naquele sossego!
Contextualização feita era hora de nos fazermos à confusão, ao frenesim da cidade e à constante abordagem por parte dos marroquinos que tentam sempre safar-se com os turistas.
Como ainda não tínhamos almoçado, fomos logo conhecer o Le Jardin, que fica a sensivelmente 4 minutos a pé do nosso riad. É um espaço encantador, com tartarugas que andam livremente pelo chão e plantas, muitas plantas. Comemos apenas uma salada marroquina, era hora de ir conhecer a famosa Praça Jemaa El-Fna.
Não demorou muito até nos perdermos, termos de passar por aquilo que achamos nós que todos os turistas passam: pegam em nós, prometem ajudar sem cobrar, levam-nos a lojas e mais lojas, e nós é que temos de pôr um termo e dizer: “obrigada, temos um encontro daqui a 5 minutos, é melhor irmos… não é a primeira vez que estamos na cidade, por isso sem problema, não nos perdemos!”. O resto? É seguir confiante até encontrar um táxi que nos leve onde queremos… (Nota: nunca entrem num táxi sem negociar primeiramente o valor, porque no fim vão cobrar um valor altíssimo e não há margem de manobra)
O primeiro contacto não é fácil. Os dias seguintes são peanuts…! 😉
Até chegarmos à praça lá nos fomos perdendo pelos souks… (Como já tínhamos falado neste post, souks são os mercados mais tradicionais dentro das medinas que entretanto viraram verdadeiras atracções turísticas e onde se vende de tudo: especiarias, artigos de couro, calçado, peças de cerâmica, e muito mais!
Chegados à praça, ficámos logo extasiados com tantos sons diferentes, tanta gente de todo o lado, tanta movimentação, tanta acção a decorrer… Ele é macacos pelo ar, cobras pelo chão, aguadeiros (homens vestidos com fatos tradicionais que vendem água mas ganham dinheiro sobretudo com as fotografias) a quererem tirar fotos convosco! Muita acção mesmo!
Esta é a principal praça de Marraquexe, no centro histórico da cidade. Aqui há de tudo: cafés, restaurantes, bancas de comida, artesanato, encantadores de serpentes e o inícios dos souks.
Acreditamos que ninguém chega ali sem antes se perder… A não ser que apanhem táxi, claro está. Ao lado, vemos a famosa Koutobia, talvez o mais famoso monumento religioso da cidade e provavelmente o mais fotografado.
Voltámos para o riad para descansar um pouco da confusão da cidade (já dissemos que o primeiro impacto é bastante marcante). Esperava-nos um jantar no belo Terrasse des Epices. Tínhamos feito uma selecção dos restaurantes que queríamos ir em Marraquexe e este estava na nossa lista. Foi a primeira escolha pela localização, fica bastante perto do nosso riad e durante o dia tínhamos conseguido aprender o caminho. 😉 O jantar ficou por 425dhm, cerca de 38€).
(As fotos foram inevitavelmente tiradas com telemóvel)
As nossas escolhas:
Couvert (pão, azeitonas e um delicioso creme de azeitona com sardinha e alho ralado)
Cannellonis de beringela e queijo (maravilhosos, divinais!)
Tajine de frango com limão
Barbecue de la Terrasse
Nos próximos dias não percam novos posts com o resto da viagem por Marrocos. 🙂
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