E é mesmo! Uma ilha mística, mágica e plena em beleza. Situada na Ásia, Indonésia, faz parte de um arquipélago com 47 ilhas, a capital é Denpasar.
O clima é quente e húmido praticamente todo o ano, com o termómetro a rondar os 30 graus. Os balineses definem a ilha em duas estações: a seca (alta temporada), que vai de Abril até final de Setembro, e a chuvosa (baixa temporada) que começa em Outubro e vai até final de Março. Portanto, escolham bem a altura para conhecer o Éden!
Chegámos ao aeroporto de Denpasar a cinco de Maio deste ano. Viajar para Bali não exige visto turístico, no entanto fomos logo surpreendidos com um pagamento de 35 dólares por pessoa para poder entrar no país. Por isso, avisamos já que contem com esse extra inicial.
Três noites em Ubud, no hotel Komaneka at Bisma, um lugar divinal! Começava assim a viagem ao paraíso na Terra.
Este hotel fica mesmo no coração de Ubud e oferece um pacote de magia: campos de arroz, plantação de coqueiros, Rio Campuhan. Conseguem imaginar? Proporcionou-nos uma experiência verdadeiramente luxuriante, está repleto de paisagens de tirar o fôlego e de uma hospitalidade que nos faz sentir em casa. O staff, esse, é de excelência, com um atendimento bastante personalizado, tratam-nos pelo nome sempre que nos cruzamos e perguntam se precisamos de algo. O conceito do hotel é fazer com que o hóspede se sinta confortável e que nada (mesmo nada!) lhe falte. Antes de virmos embora, ofereceram saias daquelas que se usam para entrar nos templos, o sarong, e umas caixinhas com bolachas caseiras.
Lobby lounge do Komaneka at Bisma
O lobby lounge deixa-nos logo a imaginar como será o resto dos espaços… Encontramos duas belas piscinas que são um consolo e um Spa divinal. Para quem sonha casar na Ásia, neste hotel até isso é possível: há uma capela na qual fazem cerimónias. Têm um pequeno-almoço realmente bom, os quartos são bastante amplos, as varandas privadas estão voltadas para os terraços de arroz que se misturam com a vegetação tropical luxuriante. Falta alguma coisa neste hotel? Com tanta coisa boa obrigam-nos a não querer sair mais dali, nunca mais! É tudo um encanto, uma paz enérgica, uma harmonia de sentidos única e inigualável. E já dissemos que o staff é bastante cordial e atencioso? 😉
Recomendadíssimo!
Piscina e zona de Spa do Komaneka
Wanasmara Chapel
Pequeno-almoço delicioso
O nosso quarto
Pelo facto de o hotel ser tão bem situado desfrutámos ao máximo de Ubud. Todos os dias fazíamos massagens que, nas ruas de Ubud, descobrimos o preço para corpo inteiro mais fantástico de todo o sempre (esta é a vantagem da Ásia: tudo é barato), comíamos em restaurantes locais pela módica quantia de cinco euros por pessoa.
Aproveitámos e fizemos ainda uma aula de culinária balinesa. Uma experiência altamente recomendada! Comprámos a aula ainda em Portugal pela internet, estava com boa classificação no Tripadvisor, é a Payuk Bali Cooking Class, que era das mais acessíveis – cerca de 25 euros por pessoa. Portanto, resolvemos arriscar, até porque sabíamos que a gastronomia deles é conhecida por ser bastante rica.
Foram-nos buscar ao hotel e seguimos para o mercado onde aprendemos a identificar os ingredientes. O mercado mistura o cheiro de comida, peixe, carne e especiarias com o cheiro a incenso. Há cães, ratos e insectos, preparem-se para a confusão! O guia da Payouk explicou logo que os ingredientes que iríamos cozinhar não eram daquele mercado… Os melhores ingredientes são escolhidos bem cedo para manter a sua frescura e qualidade, dizia ele!… Ai se a ASAE actuasse em Bali!! Apesar de que durante toda a estadia em Bali não houve nenhuma Bali Belly a atacar. (Thanks God!)
Mercado de Ubud
A este mercado voltámos mais tarde para comprar os souvenirs (muitas máscaras, esculturas, tecidos pintados, jóias, especiarias, lindos entalhes em madeira, lenços coloridos e estampados, além dos sarongs, com desenhos e cores únicas), porque tinham bons preços e, mesmo assim, aprendemos com o nosso guia a regatear.
As frases mais importantes em balinês na hora da compra são: Terima kasih, que significa “Obrigado”; Derapa– “Quanto custa?” e Mahal que quer dizer “Está caro”; Saya bankrut significa que a tua oferta não é interessante para os vendedores (ouvimos muito isto!).
Mas, e voltando à cooking class, esta decorre numa casa típica balinesa, o que é óptimo porque nos dão a conhecer melhor a sua cultura e o modo de vida. São pessoas extremamente simpáticas e prestáveis! Vivem em família, como que num aglomerado de casas próximas umas das outras – vilas, e cabe ao irmão mais novo ocupar a moradia principal, uma vez que entendem que será ele o último representante da família. Para os balineses, a família e a religião ocupam um lugar central!
É giro, estamos verdadeiramente dentro da cultura dos locais! Na aula, primeiro aprendemos a fazer as oferendas aos deuses (canang sari) e depois toca a cozinhar. Deixamos aqui a receita do molho que cobre as espetadas, que é o melhor peanut souce de sempre.
Ingredientes:
300 gr de amendoim
3 alhos
4 cebolas pequenas
2 colheres de açúcar amarelo
2 pimentas doces
Limão
Caldo de frango
Leite de coco
Gengibre
Primeiro, frita-se o amendoim até ficar dourado, retira-se da panela e deixa-se arrefecer. Seca-se para retirar o óleo em excesso. Depois, moem-se as pimentas doces e juntam-se os alhos, as cebolas e o gengibre ao amendoim para fazer uma pasta. De seguida, põe-se essa pasta numa frigideira, junta-se o caldo de frango e, para um sabor mais rico e intenso, acrescenta-se o leite de coco. Depois é só juntar molho de soja e deixar ferver até engrossar. No fim é temperar com sal, pimenta e sumo de limão q.b., experimentem lá em casa!
As aulas são também excelentes para convivermos e conhecermos pessoas de muitos países que, como nós, contam a sua experiência de viagem a Bali. No fim, reunimo-nos todos à volta de uma grande mesa e provamos os pratos confeccionados. Totalmente recomendado! Adorámos, saímos de lá com a alma alimentada, e ainda nos deram um livro com receitas que cozinhamos de vez em quando em casa!
Oferendas aos deuses
Et voilà, o prato está pronto a ser servido!
A sobremesa
Outra escolha que já tínhamos feito em Portugal, antes da viagem, foi o Dean. O Dean é um guia balinês muito requisitado, por isso, se estiverem a pensar ir à ilha, é melhor marcarem com ele com antecedência. Para além de guia, o Dean é um óptimo fotógrafo e, como local que é, conhece sítios com menos turistas – logo menos confusão, que permite desfrutar melhor da beleza e do encanto de Bali. Contratámos o Dean durante dois dias. É o único guia da equipa que tem jipe, o que também permite chegar a locais mais difíceis e longe da confusão. Podem contactá-lo através do Facebook.
No primeiro dia que passámos com o Dean fomos visitar a zona Este de Bali. Mas antes, a meu pedido, fomos conhecer o famoso Ketut Liyer. Quem vai a Ubud e não procura o Ketut Liyer certamente não viu o filme “Comer, Orar e Amar” com a Julia Roberts. Pois lá fomos ao encontro do senhor, o vidente. Sem rodeios, esta foi a parte triste da viagem de sonho… Na verdade, o Ketut sofre de Alzheimer e como é muito procurado, basicamente é obrigatória a sua presença junto dos turistas. O único filho do Ketut é quem nos lê a mão, o destino, herdando o cargo de curandeiro que era do pai. Fiquei a saber que iria ter dois filhos, que em Bali sou muito feliz (mas esta era fácil!), entre outras coisas que não interessam agora para o caso… As sessões decorrem num ambiente familiar, com crianças a correr e galinhas a passearem-se perto na casa de Ketut, onde já estão a construir um hotel. Infelizmente, sentimos que estava muito comercial. Efeitos secundários do filme…!
Depois desta breve paragem, seguimos para Este, onde parámos em vários templos. O primeiro foi o Tirta Empul Temple: é um templo hindu localizado num vale entre duas montanhas com grandes nascentes e é sagrado para os locais. Aqui eliminam-se todas as más energias do corpo, purificamos a alma e a mente. Para isso passamos por uma série de chuveiros tradicionais, sendo que a água vem dessas nascentes. Um lugar a visitar pela simbologia e espiritualidade…o banho fica a vosso critério! Isto foi só o início, porque acredita-se que em Bali há mais templos que casas. 😉
De seguida, e porque a manha já ia a meio, estava na hora do cafezinho… E lá fomos nós provar o café mais caro do mundo, o luwak coffee, mais conhecido por shit coffee. Porquê? Pois bem, é produzido a partir de grãos de café que foram digeridos por um determinado animal o lwuak… hum tão bom!! E por acaso…sabe ao nosso café caseiro!
O luwak coffee
Depois deste lanche viajámos pela costa junto às praias de areia vulcânica, onde aproveitámos para almoçar um peixinho delicioso, mas o melhor: a vista soberba sobre o mar. O valor aqui já não foi tão em conta: 25 euros por pessoa, mas vale a pena pelo lugar!
Durante a tarde fomos ainda ao Royal Water Palace, um local bastante ensolarado com jardins bem cuidados, ideal para passear e fazer a digestão do almoço. Este Palácio das Águas tem lagos e muitas estátuas, é de encher os olhos!
Depois de tudo isto, ainda houve tempo para ir ver o pôr-do-sol junto à costa, um momento mágico, colorido e inesquecível. Anoitece cedo, tanto é que eram 17h30 e já estávamos a caminho do hotel. Tínhamos de descansar! Mais um jantarzinho a cinco euros por pessoa. Desta vez, pizza… Já tínhamos saudades de algo internacional.
E depois: massagem no estúdio Lily Spa, em que uma hora de massagem balinesa fica à volta dos 4,50€. Não há como lhe escapar! Foi a despedida de Ubud: relaxante!
No dia seguinte tínhamos o transfer para a zona Sul da ilha Nusa Dua… Mas isso fica para outro post que este já vai longo! 😉 Acompanhem.(Esta viagem foi feita em Maio de 2015)
3 Comentários
Sem palavras! Este é um dos destinos de férias que sempre quis visitar e depois de tudo que li aqui, só me apetece é fazer as malas e apanhar o avião. 😀 Quem sabe nestas férias de verão!
Grata por partilharem connosco as vossas experiências. 😉
Beijinhos**
Boa noite qual o valor da noite deste hotel?
Também gostaria de saber se fica mais em conta pagar o alojamento em Bali ou através da net?
Obrigada
Olá, Isabel, bom dia!
Neste hotel em Ubud, o preço por noite ronda os 225 euros, dependendo das épocas. Nós fomos com a viagem marcada de cá, mas lá é fácil arranjar alojamento e muito mais barato!
Beijinhos