Diz-se que quem avistou pela primeira vez o arquipélago perdido no meio do Oceano Índico foi Vasco da Gama, quando voltava da Índia em direcção a África. Um século depois, os ingleses passaram por lá, mas foram os franceses a dar o nome de Seychelles ao arquipélago, em homenagem ao Ministro das Finanças de Luís XV, Jean Moreau de Séchelles.
Nos dias de hoje, a pesca e o turismo são os principais motores económicos do país e a beleza deste destino faz dele uma das grandes escolhas de viagem de lua-de-mel, sendo perfeito para ser combinado com um safari em África, o que não fizemos por falta de tempo, mas fica a sugestão.
Com cerca de 115 ilhas, distribuídas por 388.500 km², as três principais e as mais povoadas ilhas do arquipélago são Mahé, Praslin e La Digue. Considerada uma das menores capitais do mundo, Victoria é o coração económico, político e cultural das Seychelles e, apesar de não ser muito extensa, é casa de cerca de um terço da população total.
Quando ir?
O clima é quente o ano inteiro, mas, de forma geral, diz-se que os melhores meses para descobrir as Seychelles são os que marcam as mudanças de estação: abril, maio, outubro e novembro, embora durante esses dois últimos já chova de forma abundante. Junho, julho, agosto e setembro também são bons meses para visitar as ilhas, já que chove pouco. Dezembro e janeiro, além de serem os meses mais chuvosos, também marcam o período em que as ilhas estão mais saturadas e os preços são mais elevados.
Sobre a viagem até lá, fizemos Lisboa – Dubai – Seychelles, pela Emirates. Em Seychelles aterrámos na ilha principal, Mahré, e de lá apanhámos um outro voo até Praslin. Em Praslin fomos de barco até a ‘Ilha da Felicidade’.
La Digue
Com uma superfície de cerca de 10 km², La Digue é a quarta maior ilha das Seychelles, atrás de Mahé, Praslin e Silhouette.
Esta é a ilha ideal para aqueles que procuram tranquilidade com sabor local. A praia que mais se destaca é, possivelmente a Anse Source d’Argent, uma das mais bonitas do mundo, com os seus peculiares blocos de granito que mais parecem esculturas naturais, mas há mais para explorar, como Grand Anse, Petite Anse e Anse Cocos.
Falando então da nossa viagem, Félicité Island é uma das ilhas que compõem La Digue e é considerada uma das mais belas das Seychelles: o contraste do azul do mar com o verde exuberante da vegetação é qualquer coisa de assinalável. É na ‘Ilha da Felicidade’ que está o indescritível Six Senses Zil Pasyion, onde ficámos alojados durante cinco noites. O Six Senses ocupa cerca de um terço da ilha e o restante é exclusivo do hotel, sendo que cada cantinho foi pensado ao pormenor.
Tudo ali é perfeito e perfeitamente encaixado no cenário, que é de sonho! Nota-se, por exemplo, a mestria dos arquitectos que preservaram as enormes rochas e construíram a estrutura do hotel em diferentes níveis, tornando tudo idílico. Este foi, muito provavelmente, o melhor e mais bonito hotel em que ficámos hospedados, até ao momento!
Todos os quartos incluem uma piscina e o hotel dispõe de duas belas praias, uma maior e outra mais pequena.
O pôr-do-sol é de deixar qualquer um sem palavras, tal é a beleza!

Do quarto vamos destacar a casa-de-banho que inclui um baloiço com vista para o mar e um patinho de borracha, que achámos muito amoroso!
Quanto à parte gastronómica, o hotel tem uma cozinha variada com inspirações africana, francesa, indiana, chinesa e por aí fora, sendo que os hóspedes podem agendar um Sunset Dinner Experience, que é um jantar ao ar livre no alto de um desses bolders.
Na Félicité Island também fizemos snorkel, onde podemos ver recifes de coral e muitas tartarugas.
Praslin
Para chegarem a esta ilha apanham novamente um barco e é aqui que vão encontrar as melhores praias para nadar.
Na ilha de Praslin há várias opções de alojamento. Nós escolhemos o Constance Lemuria Resort, um 5 estrelas onde impera a elegância. Tem três restaurantes, três praias e é igualmente um sonho, apesar de a estrutura ser mais antiga, num estilo mais clássico.
Em Praslin houve um dia em que fomos mesmo à ilha La Digue, de barco, em excursão (cerca de 70€, sendo que também podem ir de ferry e sai mais barato). Foi neste dia que conhecemos a incrível Anse Source d’Argent, que fica num parque reservado, em que temos de comprar um bilhete para entrar (já incluído no valor da excursão).
Outra experiência gira que recomendámos é alugar um caiaque em Anse Source d’Argent que, por serem transparentes, deixam ver o fundo do mar, sendo a água cristalina!

Respondendo a algumas questões que colocaram no Instagram:
– As deslocações entre ilhas têm que ser feitas de helicóptero ou de barco. No interior de La Digue, por exemplo, o ideal é alugar bicicletas para percorrer a ilha. A nossa excursão já incluía o aluguer das bicicletas.
– Maldivas ou Seychelles? São diferentes. Maldivas para quem quer realmente descansar e Seychelles para quem gosta de atividade, até porque é mais fácil aceder a outras ilhas. Seychelles é uma mistura entre a natureza de Bali e as praias paradisíacas das Maldivas.
– Para verem tartarugas gigantes, o ideal é em La Digue e na ilha Curieuse. Em La Digue, ao final do dia, é normal verem as estradas e as praias com tartarugas enormes a passearem.
Medidas Covid-19:
– Antes de entrarmos no arquipélago tivemos que fazer um teste à Covid-19 e depois acede-se a uma aplicação onde registamos o resultado. Funciona como um ‘visto de saúde’ e paga-se 40€. Nós não fizemos a tempo, só fizemos quando chegámos ao aeroporto e então saiu mais caro, a 135€ por pessoa, para obter esse ‘visto de saúde’.
– Para vir embora tivemos de voltar a fazer teste e, basicamente, perdemos uma manhã. É muita gente para fazer teste e ainda são um pouco lentos. O teste custa cerca de 140€, por pessoa.
– Não precisam de fazer quarentena e a população está vacinada. Apesar disso, andam sempre de máscara e cumprem as normas de higiene e segurança.
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