Os dias passam a voar em Roma. A cidade eterna e capital italiana tem muito para oferecer e muito que ver! Tudo é arte, todos os cantos têm um pedacinho de história e fontes… muitas fontes.Três dias não são suficientes para conhecer a cidade. O calor infernal de Julho (sempre a rondar os 40º graus) também não ajudou, mas viu-se o essencial. Ficam os Museus do Vaticano para uma próxima viagem a Roma e a Fontana di Trevi que ainda estava em obras na altura. Ah, e tentar descobrir a Boca da Fechadura, com mais tempo.
As Vespas e suas réplicas estão por todo o lado!
Todos os recantos de Roma estão apinhados de motas, é um facto!
Dependendo do aeroporto que escolherem (Fiumicino ou Ciampino), é fácil chegar ao centro de autocarro. Há uma empresa low cost que faz aeroporto-centro-aeroporto em vários horários, com um custo de 4€ por viagem. É a Terravision e podem comprar os bilhetes online.
O ideal é hospedarem-se no centro, porque a cidade faz-se bem a pé (para quem gosta de caminhar) e facilita imenso estarmos bem localizados. A zona da estação Termini é bastante acessível e fica próxima de praticamente tudo. O ideal é evitar a estação à noite, porque não é muito bem frequentada. Fora isso não há quaisquer problemas, pelo contrário. Através da Via Nazionale, que parte da Piazza della Republica (e fica junto à Termini), conseguem orientar-se para os vários pontos turísticos de Roma.
A Via Nazionale é gigante e tem vários edifícios coloridos. Ah, e muitas gelatarias com gelatos artesanais deliciosos!
O primeiro dia começou pelo que mais criava curiosidade: o Coliseu. O bilhete pode e deve ser comprado antecipadamente através deste site e combina a entrada com o Fórum Romano e o Palatino, sendo que é válido por dois dias. O Coliseu fica assim ao lado do Fórum Romano – coração da antiga Roma, e do Palatino – casa dos imperadores. Começámos a visita pelo Palatino, onde as filas são menores. E, de seguida, fomos conhecer o Fórum Romano que tem muito para ver e muito para caminhar. Debaixo de um sol tórrido, mesmo sendo apenas 10h da manhã, não foi fácil. Mas valeu muito a pena! Por fim, para terminar a manhã: o Coliseu. É majestoso, não desiludiu em nada e estar lá dentro é uma sensação incrível se nos pusermos a imaginar que ali naquela arena morreram cerca de 500 mil pessoas e um milhão de animais selvagens. Muita história aconteceu neste anfiteatro, todo ele é incrível!
A vista do Fórum Romano para o Colosseo 🙂
Uma pequena pausa à sombra, no caminho para o Palatino
A fachada do Coliseu… linda em qualquer altura do dia!
A grandeza do Coliseu não cabe numa só foto, têm de ir lá
Ah, nesta visita aos três monumentos também passámos pelo Arco Constantino e o Arco de Tito.
Aqui, o Arco de Tito que fica no Fórum Romano, uma homenagem à conquista de Jerusalém pelo imperador Tito Flávio
Depois de almoçarmos, continuamos a caminhada pelas ruas de Roma e tentámos visitar a Basilica de San Pietro in Vincoli para contemplarmos o Moisés de Michelangelo, mas passámos por lá às 14h e a igreja só reabria ao público às 15h. Não podíamos perder 1h, então seguimos caminho. E fomos ver o Fórum Imperial e o Mercado di Trajano (que na Roma Antiga equivaleria aos actuais centros comerciais, mas sem a Zara 😉 ). O maior destaque do local é a Coluna de Trajano, com aproximadamente 30 metros de altura e toda trabalhada em baixo relevo, contando a história de guerra do Imperador Trajano. Espectacular!
Em frente a estes monumentos damos de caras com algo absolutamente fascinante: o Monumento a Vittorio Emanuele, o primeiro Rei da Itália unificada. Imponente é a palavra que melhor o classifica! Fica na Piazza Venezia que liga à Via del Corso, famosa pelas várias lojas de marca e galerias, sendo que no fim desta via está a magnífica Piazza del Popolo. Mas isso ficou adiado.
Logo ali ao lado do Monumento está a Piazza del Campidoglio, ou simplesmente o Capitólio, uma das sete colinas de Roma. Obra de Michelangelo desenhada em forma de trapézio, em que ao centro tem uma estátua do imperador Marco Aurélio. A vista para a cidade é fantástica e aproveitámos para descansar um bocado!
No início da subida há uma fonte, a qual dá muito jeito para nos refrescarmos e prepararmos para a escadaria 😉
A praça tem ao centro a estátua de Marco Aurélio e à volta a Comune di Roma e os Musei Capitolini
De seguida, fomos em busca do Circo Massimo que, na verdade, não tem nada para ver (hoje é só um terreno vazio, mas na antiguidade era um estádio para jogos e corridas) e tem de se andar bastante até lá. Antes de chegarmos a esse ponto, passámos pelo Teatro Marcello e pela Basilica de Santa Maria in Cosmedin, onde está a Bocca della Veritá. Segundo uma lenda, esta pedra é como um “detector de mentiras”: se alguma pessoa mentir com a mão dentro da boca, ela vai fechar-se, prendendo a mão do mentiroso. A fila era enorme, não fizemos o teste! 😉 Na frente desta igreja, existem dois templos antigos: Templo de Pórtunus e o Templo de Hércules, aos quais quase ninguém presta atenção.
O Teatro Marcello faz parte da Roma Antiga e, no Verão, recebe alguns eventos musicais.
Depois de caminharmos ao longo do Circo Massimo, fomos visitar a Basilica di San Giovanni in Laterano, que fica junto a uma das portas de entrada de Roma: a Porta San Giovanni. Esta é a mãe de todas as igrejas católicas do mundo e é uma das quatro Basílicas Papais. Isto porque ao contrário do que muitos pensam, o Papa não é Bispo da Basílica di San Pietro, mas sim de San Giovanni in Laterano. Logo ali ao lado fomos lanchar: Le Foodie Café Bistrot, com uma esplanada toda ela florida e refrescante.
Basilica di San Giovanni tem o título de Omnium urbis et orbis ecclesiarium mater et caput: Mãe de todas as igrejas de Roma e do Mundo
Quanto à entrada, apesar de ser gratuita, são bastante rigorosos quanto à nudez. Portanto, levem lenços ou vão ter de comprar cá fora!
O dia de visitas terminava aqui. Seguimos para o hotel para um bom banho depois de um dia a suportar 40º graus e saímos para jantar. Esperava-nos a Piazza Navona. Óptimo local para sair à noite, com vários restaurantes e cafés. Escolhemos o Il Corallo, que foi uma excelente surpresa gastronómica. As pizzas, feitas em forno a lenha, eram crocantes e deliciosas! A própria Sharon Stone passou um dia na cozinha do Il Corallo e o facto está documento nas paredes, com várias fotografias do momento e o agradecimento da actriz pela excelente recepção do staff.
Piazza Navona, das mais bonitas de Roma. Um encanto!
Para os apreciadores de detalhes, a Piazza Nova está repleta deles!
Se andarem pela Piazza Navona nos horários de refeição, não percam esta sugestão deliciosa 😉
Um facto curioso em Roma é haver imagens e altares à Virgem Maria por toda a cidade. Actualmente, é possível contar mais de 500 deles. Normalmente colocados nas esquinas dos edifícios, a Madonnelle são feitas em vários materiais, alguns até têm vasos para flores e velas.
Por curiosidade, e como bónus, deixamos aqui um artigo da Condé Nast Traveler sobre os factos mais desconhecidos de Roma. Enjoy!
Este post tem continuidade. Foram mais dois dias intensos na Cidade Eterna. Fiquem ligados! 🙂
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